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Webconferência vai debater cuidados e reabilitação do Autismo na Atenção Primária à Saúde

  • Publicado: Sexta, 26 de Maio de 2023, 08h33
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O Telessaúde UFPA realizará, no dia 31 de maio, às 17h, a Webconferência “Autismo: cuidados e reabilitação na APS”, que vai abordar a perspectiva sensorial e o impacto na vida da pessoa com autismo. O tema será ministrado pela terapeuta ocupacional Marcela Cunha, que vai falar sobre como o atendimento de pessoas que estão enquadradas no Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser realizado nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (APS). Voltada para médicos(as), enfermeiras(os) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará, a webconferência poderá ser acessada pelo site telessaude.ufpa.br.

Para a abordagem do tema, o evento vai trabalhar em três pontos principais: processamento sensorial e neurociências, sinais de alterações sensoriais e impactos ocupacionais. De acordo com a palestrante Marcela Cunha, é importante entender o que pode ser uma alteração sensorial, o que pode ser feito quando se identificam sinais dessa alteração sensorial, para onde se deve encaminhar esses pacientes e quais os profissionais que serão responsáveis pelo atendimento. 

“Quando existe uma alteração sensorial, ela tem um impacto importante na rotina das pessoas que têm autismo, independentemente de ser na fase infantil, adolescente ou adulta, e os seus papéis ocupacionais passam a se tornar um desafio muito maior por conta dessas alterações sensoriais. Então, é importante identificar e estar por dentro dessas questões que interferem no desempenho funcional para que esse tipo de conhecimento amplie as possibilidades de ajudar essa pessoa com autismo”, explica Marcela Cunha. 

Além disso, segundo a terapeuta ocupacional, é imprescindível também entender que não é só pela questão do comportamento. “É necessário entender que existe um gerenciamento, que é um processamento neurológico. E esse gerenciamento do processamento sensorial não depende da vontade da pessoa. Então, a ajuda que nós, profissionais, damos é muito importante nessa organização comportamental da criança”, ressalta Marcela Cunha.

TEA - O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades. Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino.

A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e o encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível podem levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.

Sobre a conferencista - A conferencista Marcela Cunha é graduada em Terapia Ocupacional pela Universidade Estadual do Pará (UEPA), preceptora do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Pará (UFPA), na área de neuropediatria (URE-REI 2022-2023), supervisora clínica do Programa de Integração Sensorial de Ayres do Espaço Infantil Amira Figueira e especialista de Desenvolvimento Infantil. Possui certificação internacional em integração sensorial (University Southern of California – USC), certificação no Conceito Neuroevolutivo Bobath e experiência na área de neuropediatria e desordens do desenvolvimento.

Texto e foto: Divulgação Telessaúde UFPA

Publicado no Portal da UFPA em 24/05/2023.

 

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