Faculdade de Enfermagem realiza oficina para implantação de mestrado
Uma oficina de capacitação para a criação de um mestrado foi realizada no último dia 19 (sexta-feira). À convite da Faculdade de Enfermagem, a Profa. Dra. Alacoque Lorenzine Erdmann, representante da área de enfermagem da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e professora do programa de pós-graduação em enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explicou os procedimentos para a elaboração do projeto aos docentes titulados faculdade.
Este foi um importante passo para a docência e a enfermagem na Região Norte, considerando que no Brasil, o primeiro mestrado em enfermagem foi implantado em 1972 e o doutorado em 1981. Totalizando, hoje, 21cursos de doutorado, 37 de mestrados acadêmicos e 3 de mestrados profissionais, distribuídos em 41 programas nas Regiões Sudeste, Sul e Nordeste, que nos últimos anos deu um salto quantitativo.
Diante deste panorama, a Amazônia ainda não possui nenhum curso de mestrado e doutorado. A diretora da Faculdade de Enfermagem, Márcia Maia Bragança Lopez, informou que o corpo docente tem se empenhado para mudar esta realidade, dez professores participam de um Doutorado Interinstitucional (DINTER), em parceria com a UFSC. “Começamos este doutorado em 2007 e ao seu final deveríamos trabalhar em um projeto para a implantação de um mestrado, que deve ser submetido à aprovação da CAPES”, explica.
Convidada para coordenar as últimas etapas, Alaoque Erdmann, também realizou a palestra “Enfermagem no Brasil: Desafios para o seu avanço na Região Norte”, para alunos, docentes e convidados. Nela, foi exposto um panorama local. “A ausência de doutores contribui para o empecilho de se criar mestrado e doutorado na região, devido à carência e evasão dos profissionais para suprir a necessidade do enfermeiro para o exterior, onde o cidadão que possui maior qualidade de vida quer ter um enfermeiro particular”, explicou a palestrante.
Segundo Erdmann, a Amazônia tem muito potencial. “A enfermagem cresce em todo o mundo e se fortalece como profissão de base cientifica e tecnológica”, explicou. “O enfermeiro amazônico tem um conhecimento e uma atenção que devem ser incorporados porque são valorizados e reconhecidos mundialmente, por isso, a necessidade de trazer esse conhecimento à tona e contribuir pela saúde e pela ciência”, concluiu.
A própria CAPES tem interesse nesta iniciativa porque já vem realizando o programa ACELERA AMAZÔNIA, com o objetivo de induzir a formação de doutores, a consolidação de grupos de Pesquisa e a incorporação de pesquisadores qualificados na região.
Texto: Lorena Claudino – Assessoria de Comunicação Social do ICS
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